Seduc lança concurso de gêneros textuais para professores e estudantes

Secretário da Seduc, Rossieli Soares da Silva

Atenta à produção textual de professores e alunos da rede estadual de ensino, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) está lançando o 1º Concurso de Redação em Gêneros Textuais. O concurso é voltado para professores e estudantes regularmente matriculados e os trabalhos vencedores serão lançados em livro.

Os professores e estudantes interessados em participar do concurso poderão realizar suas inscrições entre os dias 1º e 30 de agosto no portal da Seduc na internet: antigo.seduc.am.gov.br. Os editais do certame já podem ser acessados:

EDITAL (Concurso Gêneros Textuais) – ESTUDANTES (Clique Aqui)

EDITAL (Concurso Gêneros Textuais) – PROFESSORES (Clique Aqui)

Segundo o secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares da Silva, ao lançar o primeiro concurso de gêneros textuais, o Governo do Estado por meio da Seduc busca oportunizar a professores e a alunos da rede pública a divulgação de seus textos, resultantes do talento individual e conhecimento adquirido.

“De forma inédita lançamos o concurso para valorizar o talento de nossos educadores e estudantes. O concurso é aberto à participação de professores e alunos da capital e do interior e por meio do certame eles poderão expressar seu pensamento por meio da escrita e ter os seus trabalhos divulgados amplamente em uma publicação (livro)”, destacou Rossieli Silva, informando que o concurso selecionará, para publicação, 116 textos de estudantes e 42 de professores.

Com o tema “Amazonas, expressão do meu viver” o concurso é aberto à participação de todos os professores da rede pública estadual e estudantes matriculados em todos os níveis da educação básica.

Os professores poderão, à livre escolha, desenvolver seus trabalhos nos gêneros textuais: poema, lenda, memórias literárias, conto, crônica ou artigo de opinião.

Já os estudantes devem atentar para o gênero pré-definido para a etapa de ensino que está cursando. Os alunos do 1º ano do ensino fundamental poderão desenvolver textos estruturado como ‘cantiga de roda’, os do 2º ano ‘parlenda’, os do 3º ano ‘poema’, os do 4º ano ‘fábula’, os do 5º ano ‘lenda’, os do 6º ano ‘paródia’, do 7º ano ‘cordel’, do 8º ano ‘memórias literárias’ e do 9º ano ‘conto’.

Os alunos do ensino médio, por sua vez, deverão apresentar seus textos como ‘crônica’ (para alunos do 1º ano), ‘reportagem’ (para alunos no 2º ano) e  ‘artigo de opinião’ (para alunos do 3º ano).

“Também está aberta a participação de estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Indígena, Educação do Campo, Educação Especial e Programa de Correção do Fluxo (Avançar). Os gêneros definidos para cada um desses segmentos pode ser consultado nos editais que já estão disponíveis no portal da Seduc na internet”, informou o secretário Rossieli Silva.

Conforme editais, no segmento estudantil, o concurso receberá uma redação por escola, podendo ser inscrita pelo gestor da instituição (ou profissional por ele designado) um texto de cada nível educacional que a escola oferece.

Tema

A representante da gerência de ensino médio da Seduc e membro da comissão organizadora do edital do certame, professora Karol Benfica, acrescentou que o tema escolhido para o concurso ‘Amazonas, expressão do meu viver’ tem como objetivo suscitar uma reflexão acerca da importância do Estado para cada pessoa.

“Foi a oportunidade que encontramos para contextualizarmos o professor e o estudante no que se refere ao lugar em que vive, a fim de que eles pudessem expressar o sentimento que possuem sobre esse lugar, considerando a liberdade na escrita e valorizando as raízes históricas e literárias do povo amazonense”, declarou a professora.

Sobre a contribuição pedagógica do concurso, a professora destacou que a iniciativa vai agregar valor ao que é disseminado pelas escolas. “No Amazonas, em virtude dos processos avaliativos, pôde-se perceber um avanço no desempenho dos estudantes quanto à produção de textos dissertativo-argumentativos. O concurso tem essa perspectiva”, acrescentou.

Exemplo

Uma escola que lê e escreve. Esse é o título que a escola estadual Brigadeiro João Camarão Telles Ribeiro, no bairro São Lázaro, zona Centro Sul de Manaus, ostenta com orgulho desde 2009, quando implantou em sua biblioteca o projeto de incentivo à leitura e à escrita “O passaporte para o conhecimento”.

O alvo do projeto “O passaporte para o conhecimento” são os alunos do 2º ano do ciclo até o 6º ano do ensino fundamental. Mas a habilidade para a escrita pode surgir em qualquer turma da escola.

Em 2012, foi de uma turma do ensino médio da escola Brigadeiro João Camarão que saiu a representante do Amazonas no 5º Concurso de Redação do Senado Federal.

Com a redação “Manaus: um município em busca de uma vida melhor”, Naiany Rodrigues da Silva, de 17 anos, fez bonito, e representou o Estado no programa Jovem Senador.

“Pode-se observar que nosso município é caracterizado por constantes contrastes, mas também por um povo guerreiro e que acredita em um futuro melhor, que juntamente com os nossos representantes políticos pode colocar Manaus em destaque como uma das melhores cidades para se viver”, escreveu Naiany, em trecho de sua redação.

Para o gestor da escola, Marcos Alvin, mais que revelar talentos, projetos como o desenvolvido pela escola constroem exemplos. “Esse projeto de leitura trabalha com alunos desde as séries iniciais. Desenvolve o prazer, o gosto, o hábito pela leitura. Mas também bons exemplos para os alunos passarem para os colegas e para a família”, avalia o gestor.

No magistério há 28 anos, a professora Mônica de Souza Lima garante ser recompensador todo o esforço para despertar nos alunos o hábito da leitura. “É possível fazer a diferença. Nossa escola tem se destacado porque todos os professores acreditam que juntos construímos uma escola de qualidade”, ensina Mônica.

A escola estadual Brigadeiro João Camarão Telles Ribeiro, no bairro São Lázaro, foi inaugurada em 1994. Atualmente, atende a 1.050 alunos nos três turnos, da educação infantil ao ensino médio.