Projeto Pró-Copa é desenvolvido por escola pública estadual para combater a exploração sexual e o bullying

Projeto procura passar suas mensagens por meio de oficinas que envolvem dança, música e palestras

Com a chegada dos jogos da Copa do Mundo em Manaus e o aumento expressivo do fluxo de turistas, a escola estadual Arthur Araújo, localizada na Avenida Djalma Batista, no bairro Nossa Senhora das Graças está apostando no projeto Pró-Copa para orientar seus estudantes quanto à exploração sexual.

O projeto é desenvolvido em outras escolas públicas estaduais de Manaus e também leva aos alunos orientações sobre as mais diversas formas de bullying, sobre os prejuízos da gravidez indesejada na adolescência e ainda sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST’s).

Na escola estadual Arthur Araújo o projeto Pró-Copa pretende beneficiar efetivamente os mais de 400 estudantes da instituição. “Planejamos uma série de ações que ganharão força a partir deste mês de maio. Pretendemos ministrar palestras informativas e levar orientações, inclusive, por meio de oficinas de teatro e dança que ajudarão a fixar as mensagens. Nossa intenção é instruir e alertar os jovens”, explicou a gestora da escola, professora Tatiane Ayres.

A gestora informou ainda que a escola trabalhará fortemente no combate ao bullyng. “Juntamente com nossos 26 professores, procuramos mecanismos de enfrentamento ao bullying que é uma agressão e uma forma de exclusão. O trabalho de conscientização já vem dando frutos com os alunos respeitando, por exemplo, seus pares que freqüentam a escola portando alguma necessidade especial”, conta Tatiane Ayres, ressaltando que quando a instituição notifica algum indício de exclusão por bullying chama o aluno agressor para uma conversa de orientação.

A escola informou que para assegurar seus objetivos o projeto Pró-Copa será apresentado e divulgado também aos pais e responsáveis pelos alunos. “Precisamos firmar um elo com as famílias e a comunidade. Dessa forma garantiremos às nossas crianças e jovens um desenvolvimento melhor, livre de males como a exploração sexual, a violência e o bullying”, conclui a gestora.

Bullying no Brasil

Após entrevistar 109.104 alunos do 9º ano do ensino fundamental a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) 2012, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) alertou que 30% da população de estudantes no país já sofreu ou praticou bullying, que é caracterizado pela agressão verbal ou física, intencional, aplicada repetidamente contra uma pessoa ou um grupo. Deste contingente, 20,8% é formado por agressores e 7,2% por vítimas deste tipo de abuso.