Alunos projetam sonhos no Dia do Estudante

Aos 16 anos de idade, Larissa Gurgel e João Bosco Gomes Lima Júnior têm sonhos diferentes. Ela acha que pode ajudar as pessoas sendo uma advogada. Mas também pensa em enveredar pela construção de máquinas. Ele acredita que pode ser um bom engenheiro civil, e ainda se dedica à carreira de educador físico. Nesse processo de escolha, uma certeza é consenso entre os dois jovens estudantes: seja qual for o caminho que a ser seguido, o meio mais certo de concluí-lo e vencê-lo passa pela dedicação aos estudos.

João Bosco Lima acredita que pode ser um bom engenheiro civil, e ainda se dedica à carreira de educador físico

No dia 11 de agosto, data em que se comemora no Brasil o Dia do Estudante, Larissa e João personificam em suas escolas o perfil mais elevado que se busca identificar em um estudante, desde a criação dessa data comemorativa, em 1927. “A Larissa é uma aluna que procura atender ao perfil de aluna exemplar. É interessada, envolvida com a escola e se destaca no dia a dia”, elogia o gestor da escola estadual Sólon de Lucena, Antônio Carlos Magalhães, onde a adolescente estuda desde o 1º ano do ensino médio.

Na escola estadual Sant´Ana, a fala do gestor Luiz Carlos Silva em relação a João Bosco também é só de aprovação. “Sem dúvida, o João é um menino que chama a atenção. Fala bem, interage com a escola e tudo isso, com certeza, é resultado da forma correta com que ele se dedica aos estudos”, comenta Luiz Carlos.

João sempre estudou em escola pública. Com o apoio e direcionamento dos pais, que querem vê-lo chegar mais longe que eles, o jovem conta que descobriu cedo que a dedicação aos estudos é a forma mais segura para um futuro melhor. “Recebo muito incentivo dos meus pais. Porque eles não progrediram muito nos estudos. Eles sempre me alertam para eu continuar em frente. É o que mais me motiva. Tudo em relação a estudo e ao esporte, se eles percebem que vai ajudar no meu desenvolvimento, eles fazem”, diz João.

O estudante também comenta que sem a ajuda e exemplo dos professores, ele não conseguiria se manter focado nos estudos. “Tenho professores que me inspiram. E me incentivam. Lembram que se a pessoa não tiver boa base, dificilmente vai se dar bem na vida. Isso motiva a gente a não desistir da caminhada. Pena que poucos valorizam. Como vou fazer alguma coisa no futuro sem ter base?”, indaga João.

João está no 2º ano do ensino médio. Por meio do Processo Seletivo Contínuo (PSC), o estudante tenta uma vaga no curso de engenharia civil da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Envolvido em competições esportivas dentro da escola, o jovem diz que também tem planos para continuar próximo das atividades esportivas. “Vou tentar engenharia civil, e conseguindo, quero fazer depois educação física”, afirma ele.

Larissa também cursa o 2º ano do ensino médio. Aluna do Sólon de Lucena desde o 1º ano, ela se define como curiosa. “Gosto muito de perguntar, de saber como as coisas funcionam. Seja qual for a dúvida que tenho, não me envergonho de pedir para o professor me explicar. Ao chegar em casa, costumo revisar o que aprendi na escola, e procuro saber mais do assunto na Internet”, conta  Larissa.

Larissa Gurgel sonhe em ser advogada

A paixão pela leitura e por matérias como matemática e física colocam, hoje, a jovem estudante em um bom dilema. “Pelo gosto na leitura, com interesse em leis, penso em fazer direito, pois acredito que posso ajudar as pessoas. Mas também gosto muito de cálculos, de fazer projetos, trabalhar com máquinas, criar coisas. Por isso penso também em me formar em algum tipo de engenharia, que pode ser mecânica ou elétrica”, diz Larissa.

Assim como João, Larissa não tem dúvida do que pode alcançar por meio dos estudos. “Acredito que o estudo é a base. Sem ele não podemos conquistar nada. Hoje, por exemplo, não teríamos esses benefícios tecnológicos se não houvesse alguém para se dedicar em estudar e desenvolvê-los”, ressalta a estudante.

O dia do estudante é comemorado em 11 de agosto, a mesma data em que foram instituídos os dois primeiros cursos de ciências jurídicas e sociais do Brasil, por Dom Pedro I, no século 19. Em razão dessa marcante decisão, cem anos após a criação desses cursos, em 1927, indicou-se a data para se tornar o dia do estudante.

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