Desenvolvido na escola desde o último mês de março, o projeto é aplicado às quartas e sextas-feiras e já conta com 50 participantes. Somado aos ganhos pedagógicos, a iniciativa também contabiliza vitórias no campo esportivo. “Neste mês de agosto nossos estudantes conquistaram sete medalhas em xadrez nos JEAS, incluindo categorias ‘individual’ e ‘por equipe’, enchendo de orgulho toda a comunidade escolar”, revelou a gestora do Ceti, professora Maria Carneiro.

 

No rol de medalhistas nos JEAS 2012, um dos principais destaques é a aluna Jéssica Souza. Com 13 anos e o desejo de se tornar uma competidora de renome, a estudante conquistou a medalha de ouro na categoria ‘individual – infantil’ que a habilitou para representar o Amazonas nas Olimpíadas Escolares programado para acontecer neste segundo semestre em Poços de Caldas-MG e em Cuiabá-MT. Orgulhosa pela medalha de ouro, a aluna do Ceti declarou que, para ela, o xadrez é muito mais do que uma prática esportiva. “Busquei no xadrez a disciplina e a paciência que eu precisava. Hoje, passados três anos de treinos, vejo que o esporte me proporcionou mais do que eu buscava, despertando em mim, a boa índole e o desejo de superar desafios”, revelou.

 

Sobre os benefícios que o xadrez tem trazido para o seu melhor desempenho na escola, Jéssica acrescentou que a modalidade está sendo útil, principalmente, para as disciplinas que envolvem cálculos. “O xadrez me ajudou a compreender a matemática, pois ele auxilia o nosso raciocínio. As regras e a movimentação das peças do tabuleiro podem ser associadas, por exemplo, com as operações matemáticas e também com a geometria”, explicou.  

 

 

Participante do projeto escolar, Jéssica Souza conquistou medalha de ouro nos JEAS de 2012.

 

Além de Jéssica que obteve a medalha de ouro na categoria individual, durante os JEAS, o Ceti Elisa Bessa Freire também se destacou com a conquista de um troféu (equivalente ao ouro) com sua equipe da categoria ‘infantil – feminino’ e também um troféu (equivalente ao bronze) com sua equipe da categoria ‘infantil – masculino’.

 

Segundo a gestora da escola, professora Maria Carneiro, o projeto de xadrez também tem contribuído de maneira significativa com a qualidade de ensino que é empreendido no Ceti. “O Ministério da Educação divulgou neste mês o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no qual alcançamos a média ‘5,3’, que é uma grande vitória, visto que é a primeira vez que passamos pela avaliação. Para nós, somadas às demais ações pedagógicas planejadas pela escola, o projeto de xadrez desempenhou um papel importante nesse resultado, pois além de levar os alunos a uma maior concentração, potencializa o aprendizado de várias disciplinas”, comentou a gestora. 

 

Conforme Maria Carneiro, por meio do xadrez, pode ser trabalhada na disciplina de História, a questão da origem do esporte, a cultura dos seus povos e a relação entre aspectos sociais e políticos; na Geografia, pode ser abordada a localização e as características geopolíticas de onde o jogo é praticado e na Matemática podem ser trabalhados fundamentos de lógica.

 

Iniciado no mês de março com a participação de 12 alunos, o projeto do Ceti Elisa Bessa Freire ganhou impulso com o decorrer do ano letivo e hoje já conta com 50 participantes. Com um cronograma de atividades inserido no projeto político pedagógico da instituição, os alunos participam das atividades nas quartas e sextas-feiras e têm acesso a materiais especializados. O trabalho escolar é desenvolvido e orientado pela professora Nilma Menezes, que acredita que com os resultados expressivos nos JEAS, o número de participantes deve aumentar. 

 

 

No Ceti Elisa Bessa Freire, o projeto de xadrez já conta com 50 participantes

 

 

 

Realizado entre os dias 1º e 10 de agosto, os Jogos Escolares do Amazonas (JEAS) reuniram mais de 17 mil estudantes, disputando 25 modalidades esportivas em Manaus. Os resultados da rede pública estadual foram bastante expressivos, com a escola estadual Padre Pedro Gislandy (localizada no bairro da Compensa) batendo, inclusive, o recorde de medalhas conquistadas por uma instituição pública de ensino na competição, somando um total de 42.

 

No xadrez, o bom desempenho não foi diferente, e as escolas da Seduc também marcaram presença, conquistando ‘ouro’ em todas as disputas na categoria ‘por equipe’.

 

Na modalidade ‘Juvenil’ por equipe (para competidores com idade entre 15 e 17 anos) o Colégio Amazonense D. Pedro II conquistou o ouro nos naipes ‘masculino’ e ‘feminino’. No ‘Infantil’ (para competidores com idade entre 12 e 14 anos), o ouro no masculino ficou com a equipe da escola estadual de Tempo Integral Djalma Batista e o ouro no feminino com o Ceti Elisa Bessa Freira. Já na categoria ‘Mirim’ (para estudantes com idade entre 9 e 11 anos) o ouro no masculino ficou com a equipe da escola estadual Machado de Assis e no feminino, mais uma vez, com a escola estadual de Tempo Integral Djalma Batista.   

 

Para o professor Jorge Lelis, que é assessor de Educação Física do Distrito 5 da Seduc, o resultado é um demonstrativo de que os vários projetos escolares no campo do xadrez estão sendo aplicados com extrema organização e competência. “São resultados inéditos que nos motivam a dar continuidade aos projetos de sucesso desenvolvido com alunos do ensino fundamental e do ensino médio na rede pública do Amazonas”, disse.