Em parceira com empresas do PIM escola pública estadual favorece a empregabilidade de alunos adultos especiais

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Localizada na Rua Tapajós, no centro de Manaus, a escola estadual Diofanto Monteiro Vieira oferece atendimento a mais de 200 alunos especiais portadores de múltiplas deficiências. Nos últimos anos a instituição que é administrada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) tem desenvolvido um projeto social que favorece a inserção de alunos maiores de idade no mercado de trabalho. Em uma iniciativa social de inclusão, empresas do Pólo Industrial de Manaus (PIM) procuraram a escola e já contrataram 23 alunos especiais.

Dentre as empresas do PIM que abriram recentemente suas portas para a entrada de alunos especiais da escola Diofanto Vieira estão as organizações: Flex Industries, Séculos da Amazônia, Orient Relógios da Amazônia e Showa da Amazônia.

Segundo a gestora da escola, professora Maria Regina Antunes, o incentivo para o favorecimento do ingresso dos alunos adultos no mercado de trabalho – e os menores de idade na condição de aprendizes – foi pensado como estratégia para incluir socialmente e valorizar as potencialidades individuais dos jovens e adultos atendidos pela escola. “Para a viabilização do projeto de empregabilidade buscamos parceria com instituições como o Pró-Menor Dom Bosco e hoje muitas fábricas estão aderindo o projeto”, comentou.

Conforme a gestora, 23 alunos da escola já foram inseridos no mercado de trabalho, dos quais 18 na condição de aprendizes e cinco como contratados integralmente.

O estudante Damião dos Santos Lima, 26, foi um dos beneficiados pelo projeto de empregabilidade. A oportunidade, segundo ele, foi abraçada com entusiasmo. “Estou trabalhando como montador de peças de relógios; saio entusiasmado para trabalhar no período da manhã e à tarde dou continuidade aos estudos na escola”, conta.

Mãe de Damião, a manicure Darcley Rodrigues dos Santos, 47, disse que desde que o filho iniciou o trabalho na fábrica do Distrito, a vida social dele melhorou. “Eu sinto orgulho do meu filho e do belo trabalho que a escola Diofanto Vieira proporcionou para ele”, destacou Darcley.

Outros Projetos – Além do projeto de empregabilidade, desde 2013 a escola estadual Diofanto Monteiro Vieira executa também o projeto “Cozinha Experimental”. “Nas oficinas, em dias alternados, os nossos alunos se empenham na prática da culinária. É gratificante para nós, educadores, ver o desenvolvimento deles e perceber inclusive a participação dos pais neste e em outros projetos”, comentou a professora Janete Laranjeira, que atua na oficina da Cozinha Experimental.

A gestora Maria Regina Antunes acrescentou que para realizar estas e outras ações a escola observou projetos de inclusão de alunos especiais que estão dando certo em outros pontos do país. “Os projetos de empregabilidade, de oficina experimental e outros como o de informática e de confecção de artesanato foram postos em prática após pesquisa. Ao ver que estas iniciativas estão contribuindo com a qualidade de vida de dezenas de pessoas, percebemos que a escola está no caminho certo”, concluiu a gestora.