Escola da rede pública desenvolve o projeto social “Meu Velho Amigo” beneficiando idosos de Manaus

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Buscando sensibilizar os jovens para uma maior valorização da pessoa idosa, a escola estadual Frei Silvio Vagheggi realizou nesta semana o evento de a culminância do Projeto Meu Velho Amigo, que vem sendo desenvolvido pela instituição desde 2011. O evento, suscitado pela comemoração do Dia Internacional do Idoso, comemorado no último dia 1º, aconteceu no Instituto de Educação do Amazonas (IEA) e contou com a presença de todo o corpo docente da escola e de aproximadamente 120 idosos, beneficiados pela ação.

A escola iniciou os preparativos para o evento há seis meses. Segundo a direção da unidade de ensino, o trabalho educativo de sensibilização envolveu o estudo do Estatuto do Idoso, a exibição de vídeos e a realização de palestras. Todas as atividades ressaltavam junto aos jovens a importância da valorização das pessoas idosas, demonstrando dentre outros pontos que a terceira idade é uma fase da vida e não o seu término.

Para a gestora da instituição e coordenadora do projeto na escola, Maria Francisca Auxiliadora da Silva Farias, a ação social tem tido enorme repercussão. “O Projeto Meu Velho amigo tem importância não só na minha vida, como na dos nossos alunos, pois eles passam a ter uma nova visão sobre o envelhecimento. Eles acreditam que envelhecer com qualidade, respeito e amor é o que vale para o ser humano. Aquela visão de que o idoso tem que ficar de canto, esquecido, já não faz mais parte da vida desses alunos”, destaca a gestora.

O Projeto que rendeu para a escola o prêmio “Escola Solidária” (2011) tem a intenção de prestar auxílio aos idosos de Manaus. Cada 04 alunos ficam responsáveis por ‘adotar’ um idoso e, dentro das possibilidades, ajudá-lo com alimentação, medicamentos e demais necessidades. Este ano, os estudantes arrecadaram aproximadamente 2,3 toneladas de alimentos, um número bem acima do esperado.

Segundo o professor Adamor Souza dos Santos, que atua na equipe de apoio do projeto, o objetivo maior desse trabalho é melhorar o relacionamento social da comunidade com o idoso, e fazer com que o aluno participe disso, lembrando que um dia ele também será um idoso. “Nossa intenção é que o idoso não seja esquecido pela sociedade, que seja valorizado, pois apesar de ele não ter mais o mesmo desempenho de antes, tem experiência, capacidade de realizar diversas atividades. Envelhecer não é morrer”, enfatiza o professor.

Aracy Ramos, idosa beneficiada pelo projeto, que tem parceira com o SESC, destaca a importância da ação social. “Uma ou duas vezes ao mês, nós (idosos e jovens) nos reunimos para trocar experiências. Essa convivência é muito gratificante. Eu sinto o reconhecimento por parte desses adolescentes. Eu sou a avó e eles são nossos netos”, afirma Aracy.