Estudantes mostram forma divertida de aprender Matemática

Amarelinha da probabilidade, corrida geométrica, quebra-cabeça de triângulos. Estas e outras disputas marcaram a I Mostra de Jogos Matemáticos do Colégio Brasileiro Pedro Silvestre, que aconteceu no último final de semana, na própria escola.

A iniciativa foi realizada pelos alunos do 2º ano do ensino médio do colégio, que mostraram com muita criatividade que é fácil aprender Matemática. “Ficou muito mais divertido assimilar o conteúdo”, afirmou a estudante do 2º ano da escola, Suzani Costa, 18. Para ela, as aulas ficaram bem mais interessantes após a aplicação do método.

A estudante relatou que a mostra propiciou a divulgação para outras séries sobre a aplicação dos jogos como instrumentos pedagógicos, conseguindo envolver toda a escola no evento. “Montamos stands e mostramos como a matéria é divertida, pois é vista entre os estudantes, com raríssimas exceções, como a grande vilã”, disse.

Segundo o coordenador do evento e idealizador do projeto, professor Onivilson Menezes, o colégio já vinha utilizando várias ferramentas que facilitam a construção do conhecimento. “As matérias teóricas deixam, na maioria das situações, as aulas muito monótonas. Quando passamos a aplicar os jogos, percebemos um interesse real dos estudantes, que se traduziu, inevitavelmente, na melhora das notas”, apontou.

Onivilson relatou que muitos alunos já praticavam ou brincavam com os jogos disponibilizados na Mostra, mas não tinham feito uma ligação com a matéria. “Inserimos o método em benefício da aprendizagem”, acrescentou.

Dentro de seu método de ensino, Onivilson Menezes destaca que orienta todos os alunos a criarem disputas relacionadas aos conteúdos aprendidos de forma teórica, para aplicarem, no final, nos jogos. “A matemática, de fato, é vista como um ‘bicho-papão’. Queremos desmistificar essa idéia”, comentou.

De acordo com Onivilson, essas ferramentas desenvolvem o raciocínio lógico do indivíduo, diminuindo os bloqueios apresentados por muitos alunos que temem a Matemática e se sentem incapacitados para aprendê-la. “Desenvolvo o trabalho com os adolescentes a partir do 1º ano do ensino médio. No 2º ano, eles já podem confeccionar os próprios jogos”, relatou.

Onilvilson informou, ainda, que todos os conteúdos podem ser trabalhados com esse método. “Nossa meta é mostrar que a Matemática é necessária no dia-a-dia. Temos jogos como a cidade do saber que já trabalha esta disciplina desta forma”, disse.

O professor citou que a sua expectativa é de que o projeto alcance mais êxitos e seja expandido para outras escolas.