Lideranças indígenas definem plano de ação educacional para a região do Rio Negro

Representantes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Ministério da Educação (Mec), Funai, Coiab, Prefeituras Municipais e demais entidades representativas da área indígena e do setor educacional reuniram-se em Manaus em um encontro finalizado nesta sexta-feira (03) onde foi elaborado um plano de ação a fim de favorecer o desenvolvimento da educação escolar indígena na região etnoeducacional do Rio Negro. Desta região etnoeducacional – uma das três do Amazonas – fazem parte os municípios de Barcelos, Santa Izabel do Rio Negro e também São Gabriel da Cachoeira.

Conforme os organizadores do encontro, a reunião dá prosseguimento à Conferência Escolar Indígena do Rio Negro, realizada no último mês de dezembro em São Gabriel da Cachoeira. O encontro reuniu mais de 15 entidades e nele foi feito um estudo do material elaborado na conferência e elaborado um documento para legitimar as ações na área de educação escolar indígena em benefício das etnias da referida região do Amazonas.

O coordenador geral de Educação Escolar Indígena do Ministério da Educação e representante do Governo Federal na reunião, Gersen Luciano, comentou que este encontro tem uma importância histórica e servirá para elaborar um plano de ação articulado e interinstitucional em benefício das etnias. “Este é um encontro de suma importância onde será elaborado um plano de ação a partir da análise da realidade dos povos indígenas da região”.

Gersen comentou que no Brasil foram estabelecidas 18 regiões etnoeducacionais e três delas estão presentes no Amazonas. “A partir da definição destas áreas pretendemos otimizar as ações na área de educação, contribuindo efetivamente com o desenvolvimento dos povos indígenas nas várias regiões do país”.

O secretário de Estado de Educação do Amazonas e presidente da Comissão de Educação Escolar Indígena do Consed, Gedeão Amorim, participou do encontro e afirma que esta reunião tem uma importância histórica. “Hoje ao participar destes encontros damos um passo imenso para a construção de uma sociedade cada vez mais democrática, pois nas reuniões e conferências, as bases representativas da sociedade têm voz e apontam suas necessidades. É um momento histórico para a educação do país”, afirmou o secretário da Seduc.